segunda-feira, abril 30, 2012

8ª PARADA DE SANTO ANDRÉ


8ª PARADA DE SANTO ANDRÉ

                                 Na Cidade de Santo André no Grande ABC, a 8ª Parada do Orgulho LGBT  vem com muitas novidades positivas para a manifestação. Que ocorre no dia 6 de maio de 2012 acontece com abertura oficial dos 45 dias de atividade LGBT, Nessa oportunidade a ONG irá apresentar o material de divulgação de seus 45 dias de atividades voltadas ao publico LGBT. Serão palestras, seminários, mostras de cinema, documentários, mostrando que a diversidade sexual não está preocupada somente com a expressão do orgulho, mas sim com o conteúdo que os responsáveis querem transmitir à população em geral, para discutir Saúde, Educação, Cultura, Moradia, Empregabilidade, Justiça e Segurança Publica etc... para todos .
                              A primeira delas é continuidade no itinerário da 8ª Parada na Avenida D.Pedro II. A organização não-governamental ABCD’S – Ação Brotar pela Cidadania da Diversidade Sexual, realizadora da Parada, junto com a Prefeitura de Santo André e a Polícia Militar, desenhou novo traçado com informações com respeito transformando um traçado de uma Parada do primeiro mundo em questão de organização como mostra o Painel abaixo onde teremos 22 postos de atendimento e 4 Banners de informações gerais.



                     A manifestação se concentra às 12h sobre o Viaduto da ACISA, próximo à Prefeitura de Santo André e caminha, a partir das 14h, pela Avenida D. Pedro II, seguindo até o Parque Celso Daniel, onde desce pela rua das Caneleiras e finaliza, às 19h na Avenida Industrial com a rua Padre Vieira.
                   Para Marcelo Gil, presidente de honra da ABCD’S, “esse trajeto traz um ganho em visibilidade nacional e internacional para nossa Parada, garantindo uma das principais Avenidas da Cidade de Santo André, mesmo sem apoio de parte dos restaurantes que não permitem a homo afetividade de homossexuais, infringindo a lei 10.948-01 do Estado de São Paulo, neste ano estaremos divulgando os ambientes comerciais que respeitam a população LGBT”.

                             A Prefeitura de Santo André, que estará cedendo o apoio logístico (trânsito e segurança) e a infra - estrutura. Em 2010 a Associação também formalizou parceria com a Polícia Militar do Estado de São Paulo, que consta do material de divulgação da atividade como apoiadora institucional, construindo em conjunto todo o desenvolvimento e segurança para o evento.
                          Fruto dessa parceria da ABCD’S, com a Prefeitura de Santo André e a Polícia Militar, haverá, no dia 03 de maio, de manhã, uma oficina para os policiais militares media de (120) e guardas civis municipais (30) que irão trabalhar na 8ª Parada. O objetivo da oficina é subsidiar o corpo de segurança para abordagem cidadão/ã à população LGBT do ABCD. Participará dessa oficina, também, a Coordenação Estadual de Políticas para a Diversidade Sexual.
                          Para a 8ª Parada, a ABCD’S espera um público em média de 70 mil pessoas, incluindo autoridades Federais, Estaduais e Municipais, além de artistas e celebridades que estarão presentes nos trios elétricos, prestigiando evento e vestindo a camisa de um mundo mais fraterno e justo, com respeito a diversidade de forma digna e cidadã.
                           "O Tema da Parada “A nossa luta é todo dia, Vote Contra a Homofobia”  É um alerta a todos da população LGBT que encontrem a Unidade do movimento e nestas eleições elejam Prefeitos e vereadores/as da região  compromissados com Políticas Publicas e ações afirmativas, 6hoje as Cidades brincam de fazer algo para a população LGBT, devemos cobrar a construção nos planos de Governo de todas as Prefeituras  Coordenadorias LGBT, que tem como obrigação colocar um basta nas práticas de ódio e intolerância contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais”. afirma Marcelo Gil presidente de Honra da ABCDS, um dos organizadores do evento.

Para tanto a ONG também lançou comunicados informativos ao público participante com dicas de como ir à Parada e garantir sua segurança:

"Será proibido venda e consumo de bebida alcoólica para menores de 18 anos, como costa na arte de divulgação."

Com esta iniciativa não será permitida a entrada de ambulantes e terceiros com a presença e fiscalização do CRAISA em parceria com os órgãos competentes para fiscalização, e retirada dos ambulantes.  


-Evite levar objetos de valor (celular, câmera digital, filmadora, mp3, etc) por causa de possíveis assaltos.
-Evite uso de bebidas alcoólicas, principalmente as de procedência duvidosa. Não beba em excesso aproveite o evento.
- Não use drogas.
- Preste a atenção na carteira e no dinheiro.
- Vá sempre acompanhado.
- Evite tumultos. Não se aproxime muito dos carros/trios elétricos.
- Participe sem medo, seja você hétero, homo ou bissexual.
- Respeite todos os participantes e sua diversidade.
- Seja feliz, aproveite tudo e ajude a comunidade LGBT a conquistar seus direitos.
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Maiores informações:
ongabcds.blogspot.com.br
twitter: @marcelogilabc
Facebook: ONG ABCD'S "Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual"
Facebook: PARADA DO ORGULHO LGBT DE SANTO ANDRE
Telefones: 011-8567-5530 TIM / 011-7332-8899 VIVO / 011- 8035-4528 – OI / 011- 9418-0924 ou Fixo : 011 – 2831-1641



terça-feira, abril 03, 2012

ASSASSINATO DE HOMOSSEXUAIS NO BRASIL: RELATÓRIO 2011

ASSASSINATO DE HOMOSSEXUAIS NO BRASIL: RELATÓRIO 2011

O Grupo Gay da Bahia (GGB),divulga mais um Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais de 2011. Foram documentados 266 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil no ano passado, 6 a mais que em 2010, um aumento 118% nos últimos seis anos (122 em 2007). Os gays lideram os “homocídios”: 162 (60%), seguidos de 98 travestis (37%) e 7 lésbicas (3%). O Brasil confirma sua posição em primeiro lugar no ranking mundial de assassinatos homofóbicos, concentrando 44% do total de execuções de todo mundo. Nos Estados Unidos, com 100 milhões a mais de habitantes que nosso país, foram registrados 9 assassinatos de travestis em 2011, enquanto no Brasil, foram executados 98 “trans”. O risco de um homossexual ser assassinado no Brasil é 800% maior que nos Estados Unidos. Neste ano o GGB outorgou o troféu Pau de Sebo à Presidenta Dilma na condição de principal inimiga dos homossexuais do Brasil, pela proibição do kit antihomofobia e do filme de prevenção da Aids para gays no carnaval e pelo fracasso de suas políticas públicas de erradicação dos crimes homofóbicos. país.

O Grupo Gay da Bahia, que há mais três décadas coleta informações sobre homofobia no Brasil denuncia a irresponsabilidade dos governos federal e estadual em garantir a segurança da comunidade LGBT: a cada 33 horas um homossexual brasileiro foi barbaramente assassinado em 2011, vítima da homofobia. Nunca antes na história desse país foram assassinados e cometidos tantos crimes homofóbicos.

A Bahia pelo sexto ano consecutivo lidera essa lista macabra: 28 homicídios, seguida de Pernambuco (25), São Paulo (24), Paraíba, Alagoas e Minas Gerais com 21 casos cada e Rio de Janeiro, 20. Roraima e Acre não registraram nenhum “homocídio”, e Distrito Federal e Amapá apenas 1. Proporcionalmente ao número total de habitantes, os estados mais homofóbicos são Alagoas e Paraíba, cuja população conjunta representa 3,6% dos brasileiros e não obstante concentraram 16% destes crimes. O total de mortes registradas nestes dois estados nordestinos (42), é 60% superior a todos os estados da região Norte (27). Rondônia e Tocantins igualmente estão entre os estados mais perigosos: representando apenas 2% da população nacional, aí foram assassinados 5% de lgbt em 2011. O Presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira lamenta: “Logo a Bahia, terra da felicidade e alegria, com sua parada de quase um milhão de participantes, lidera mais este ano o ranking da homofobia! Triste Bahia que mesmo tendo duas transexuais ocupando cargos públicos – a vereadora Leocrete e Coordenadora LGBT da Secretaria de Direitos Humanos, Paulette Furacão, não consegue erradicar crimes tão hediondos!”

O Nordeste confirma mais esse ano ser a região mais homofóbica do país: abrigando 30% da população brasileira, registrou 46% dos LGBT assassinados. 34% dos “homocídios” ocorreram no Sudeste/Sul, embora abrigando mais da metade de nossa população (54%). Norte/Centro-Oeste, com 16% de nosso contingente demográfico, concentraram 19% dos assassinatos.

Segundo o responsável por este Relatório, o Prof. Luiz Mott, antropólogo da Universidade Federal da Bahia e fundador do GGB, “a subnotificação destes crimes é notória, indicando que tais números representam apenas a ponta de um iceberg de crueldade e sangue. Como o Governo Federal se recusa construir um banco de dados sobre crimes de ódio contra homossexuais, baseamos tal relatório em notícias de jornal e internet, que com certeza está longe de cobrir a totalidade desses sinistros”.

Quanto a idade, 4% das vítimas tinham menos de 18 anos ao serem assassinados, sendo o mais jovem um estudante gay paulista de 14 anos. 46% dos lgbt mortos tinham menos de 30 anos e 11% mais de 50. A faixa etária que apresenta maior risco de assassinato, 55%, situa-se entre 20-40 anos. A vítima mais velha tinha 73 anos, um idoso de Salvador cuja família não permitiu a divulgação de seu nome nos jornais.

Os homossexuais assassinados exerciam 48 diferentes profissões, confirmando a presença do “amor que não ousava dizer o nome” em todas ocupações e estratos sociais. Predominam as travestis profissionais do sexo, 72 das vítimas (45%), seguidas de 11 estudantes, 8 cabeleireiros, 7 funcionários públicos, 5 policiais, 3 padres e dois pais de santo.

Quanto à causa mortis, repete-se a mesma tendência dos anos anteriores, confirmando pela violência extremada, tratar-se efetivamente de crimes de ódio: 70 dos assassinatos foram praticados com arma de fogo, 67 com arma branca (faca, foice, machado, tesoura), 56 espancamentos (paulada, pedrada, marretada), 8 enforcamentos. Constam ainda afogamentos, atropelamentos, carbonização, degolamentos, empalamentos e violência sexual , asfixiamentos, tortura. Nove das vítimas levaram mais de 10 facadas e três mais de 10 tiros. A travesti Idete, 24 anos, de Campina Grande, Pb, teve sua execução filmada e divulgada na internet, levando 32 facadas; o cantor gay Omar Faria, de Paraitins, (AM) 65 anos, foi morto com 27 facadas dentro de sua casa. Crimes de ódio!

Seriam todos esses 266 assassinatos crimes homofóbicos? O Prof.Luiz Mott é categórico: “99% destes homocídios contra gays têm como motivo seja a homofobia individual, quando o assassino tem mal resolvida sua própria sexualidade; seja a homofobia cultural, que expulsa as travestis para as margens da sociedade onde a violência é mais endêmica; seja a homofobia institucional, quando o Governo não garante a segurança dos espaços freqüentados pela comunidade lgbt.” E acrescenta: “quando o Movimento Negro ou Feminista divulga suas estatísticas, não se questiona se o motivo das mortes foi racismo ou machismo, porque exigir só do movimento LGBT atestado de ódio nestes crimes hediondos? Ser travesti já é um agravante de periculosidade dentro da ótica machista!”

O Grupo Gay da Bahia (GGB) disponibiliza em seu site WWW.GGB.ORG.BR as tabelas em que se baseia este relatório anual assim como o manual “Gay vivo não dorme com o inimigo” como estratégia para erradicar esse “homocausto”.

Para o Presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, “há três soluções contra os crimes homofóbicos: ensinar à população a respeitar os direitos humanos dos homossexuais através de leis afirmativas da cidadania LGBT; exigir que a Polícia e Justiça punam com toda severidade a homofobia e sobretudo, que os próprios gays e travestis evitem situações de risco, não levando desconhecidos para casa, evitando transar com marginais. A certeza da impunidade e o estereótipo do gay como fraco, indefeso, estimulam a ação dos assassinos.”

Neste ano o GGB outorgou o troféu Pau de Sebo à Presidenta Dilma por suas declarações equivocadas sobre homossexualidade e pelo veto ao kit antihomofobia e cancelamento da exibição do filme de prevenção da Aids pra homossexuais no Carnaval. Somente nesses três primeiros meses de 2012 já foram documentados 104 homicídios contra homossexuais, quase o dobro do ano passado, uma morte a cada 21hs!

Para mais informações e entrevistas: luizmott@oi.com.br

(71) 3328.3782 – 9989.4748 – 9128.9993