quinta-feira, agosto 28, 2014

Santo André celebra o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

 Em comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade Lésbica , celebrado em 29 de agosto, a ONG ABCDS (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual) promove roda de conversa e apresentações artísticas. Na programação preparada pela ONG ABCDS, haverá o Café Diversidade, roda de conversa sobre a visibilidade lésbica com Dejanira Moises e Lelia Carvalho da ONG Viva Diversidade de Diadema em seguida exibição de um documentário, no dia 31 de agosto  a partir das 15 horas.  Às 17 horas, terá início o Show da Diversidade, com a presença especial da Cantora Bibi Lang, Apresentação fica por conta da Cantora Fernanda Nunes e muitos outros shows Local Anfiteatro Heleni Guariba – endereço: Praça IV Centenário S/N – Centro de Santo André – Entrada Franca com estacionamento gratuito no Paço Municipal de Santo André.

 A data foi instituída a partir do I Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), ocorrido no Rio de Janeiro em 1996, por iniciativa do Coletivo de Lésbicas do Rio de Janeiro (Colerj). Como resultado simbólico, foi inserida a letra L, de lésbicas, na sigla GLBT, na Primeira Conferencia Nacional de Direitos humanos e Cidadania da População GLBT. Este ato simbólico, de inserção da letra L em primeira na sigla, foi um dos primeiros passos de compromisso do movimento LGBT com a pauta das Lésbicas. Também se buscou fazer um resgate no contexto histórico da lesbianidade, trazer a historia do antigo Ferro’s Bar, importante ponto de encontro da comunidade lésbica nos anos 1990, em São Paulo. “Hoje temos que defender com garra e determinação esta data, principalmente no enfrentamento da lesbofobia”, destacou o presidente da ONG, Marcelo Gil.

“Atualmente, é comum as lésbicas serem assediadas por homens héteros que passam a cerca-las com o objetivo de realizar uma fantasia, ter duas mulheres ao mesmo tempo durante uma relação sexual, fetichizando a orientação sexual que é absolutamente íntima e pessoal”, completou. O ativista também destaca o combate às frentes fundamentalistas que pregam a cura gay e o temor real dos estupros corretivos como forma de “reverter” a homossexualidade das mulheres. “Esta é, talvez, a pior violência que uma lésbica pode sofrer”, considerou.

Assim como acontece com os homens gays, é comum algumas mulheres, por medo do preconceito, permanecerem “dentro do armário”, levando uma vida de fachada, apenas para se enquadrar na heteronormatividade que a sociedade impõe. “O machismo é um grande adversário das lésbicas, no momento em que muitos homens ignoram a sua orientação  sexual e as tratam como bissexuais, em um movimento contínuo de interferência e desrespeito”, ressaltou Gil.

Trazer as discussões à tona, especialmente nessa data, é reafirmar que duas mulheres podem ser mães, donas de casa, profissionais, ser e estar na politica em todos os espaços públicos e privados, podem se casar, podem realmente se amar. “Hoje as novelas humanizam esta relação, mas no inicio foi com dificuldades. Como na novela Torre de Babel que explodiu o shopping com um casal de lésbicas em 1998, por conta da rejeição do público”, lembrou o presidente. No início do século XXI, as novelas Mulheres Apaixonadas em 2003 e Senhora do Destino em 2004/2005 trazem uma relação sadia e com toques de amor. E a última produção do horário nobre, Em Família, que retratou o verdadeiro amor, o tão esperado beijo e o casamento com toques de feminismo. 

Além do Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, que é celebrado em 29 de agosto, existem outras datas da comunidade LGBT: dia 28 de junho é o Dia do Orgulho Gay; dia 29 de janeiro é o Dia da Visibilidade Trans; e dia 23 de setembro o Dia da Visibilidade Bissexual. “Nosso trabalho é fortalecer cada uma delas, para que todos tenham o seu espaço, de maneira igualitária”, concluiu Gil.



Sobre a ONG ABCDS

Fundada em 2004 em São Bernardo e logo depois transferida para Santo André, onde permanece até hoje, a ONG Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual (ABCD'S) tem atuado fortemente junto a diversas esferas de governo e da sociedade civil para combater os crimes de gaylesbobitransfobia (comumente definidas como homofobia, mas que se configuram no preconceito e na violência contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais) a articular políticas públicas para este público no Grande ABC (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra). Nossa missão é sensibilizar e mobilizar a população sobre as questões de cidadania e direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTT). Atualmente a ONG ABCDS atende pelo telefone (11) 2831-1641 em horário comercial e em casos de URGÊNCIA no telefone exclusivo (11) 98035-4528. Mais informações no endereço eletrônico www.ongabcds.blogspot.com.br.

Contatos para imprensa

Aline Melo – assessoria.ongabcds@gmail.com

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